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EGO EM SUSPENSÃO E FRAGMENTOS DE LUZ

Em 2016 eu comecei a me sentir incomodado com o que estava fazendo. Sentia uma vontade de mudar algo, entrar por outros caminhos, enveredar por outras formas. Não sabia ao certo o que poderia acontecer, mas comecei a sentir esse incômodo e a necessidade de me transformar.  Esse projeto está intimamente ligado a minha trajetória de autoconhecimento, que, pela primeira vez em minha carreira, se torna um diálogo externalizado.

A exposição ‘Ego em Suspensão e Fragmentos de Luz’  vem como uma forma de expressar reflexões que são velhas companheiras minhas, como o que é minha vida e meu trabalho. É uma forma bem direta de me comunicar sobre essas reflexões. Uma leitura não meramente superficial de como eu enxergo as coisas ao meu redor.

A primeira parte do título, O ego em suspensão, significa a suspensão dos meus julgamentos. A prática de relativizar a leitura do que eu já sei, para que eu possa enxergar além.  Os fragmentos de luz vêm como resultado da suspensão do ego. Consigo ver, na situação que me rodeia, uma mensagem de luz. Ou seja, quando eu relativizo o meu saber e as minhas certezas, consigo encontrar um ponto de luz que até então não enxergava, ou de alguma forma rejeitava. Nela, as formas perdem a primazia. O contexto e o significado por trás das formas se tornam o protagonista. A subjetividade, então, se torna o ponto principal da minha obra.

A ideia do nome surgiu depois de formatar a exposição. Quando parei pra pensar em um nome, escrevi num caderno os pontos principais do projeto. Como eu já tinha essa ideia de só conseguir enxergar a subjetividade quando eu relativizo o meu ego, o nome surgiu.